A partir do paradigma da linguagem de Habermas, propomos a “validez” da Universidade (e da cultura científica), como: um agir em movimento histórico-social; um agir comunicativo como “razão prática cooperativa”, que vai além da razão funcionalista e instrumental; a racionalidade comunicativa como coordenadora do agir no mundo da vida (objetivo, social/intersubjetivo e subjetivo); como um agir “entre nós” e não simplesmente “para algo”; caminhamos em busca de fundamentos, também solidários/políticos, para o agir da Universidade pública. Evidenciou-se que a Universidade pública se justifica, valida e revitaliza socialmente, na medida em que busca potencializar o seu modus faciendi a partir da racionalidade comunicativa, nutrindo processos intersubjetivos na busca de “entendimentos entre as pessoas" e qualificados, a respeito do mundo da vida (mundo objetivo, mundo social e mundo subjetivo/personalidade) indo muito além – não no sentido de descartar, mas de ampliar – do agir estreito, fomentado pela racionalidade funcionalista e pela razão instrumental.
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
1 O QUE JUSTIFICOU E JUSTIFICA O AGIR DA UNIVERSIDADE PÚBLICA? OLHANDO PARA A BRASILEIRA A PARTIR DA HISTORIA E DA UNIVERSIDADE ALEMÃ
1.1 Contextualização histórico-social
1.2 Contextualização no Brasil: um agir universitário pouco “independente”
1.2.1 Uma visão provocativa a respeito da Universidade brasileira: um agir demasiadamente “dependente”
1.3 Contextualização da Universidade na Alemanha: um sonho de não “dependência”
1.3.1 A Declaração de Bolonha: Declaração conjunta dos ministros europeus de educação, assinada em Bolonha (19 de junho de 1999)
1.3.2 Entre o ideal e o real na União Europeia
1.3.3 “Reformas universitárias” na Alemanha, segundo György Széll
1.4 Habermas: Universidade e democracia
1.5 Evitando precipitações
2 A TEORIA DO AGIR COMUNICATIVO DE HABERMAS
2.1 Contextualizando
2.2 Breve apresentação de alguns escritos anteriores à obra magna
2.3 A obra magna
2.3.1 Pragmática universal da linguagem: um giro linguístico-pragmático
2.3.2 Mundo da vida
2.3.3 Sistema
2.3.4 Mecanismos de integração sistêmica ou meios de comunicação não linguísticos
2.3.5 Tipos de “coordenação das ações (e relações) em sociedade”
2.4 A solidificação da Teoria do Agir Comunicativo: algumas obras posteriores
3 UNIVERSIDADE PÚBLICA E A RACIONALIDADE COMUNICATIVA
3.1 Habermas e a ideia da universidade: processos de aprendizagem
3.2 Intuindo um sentido/uma “validez” social para a ciência
3.3 Uma outra “linguagem” possível para a Universidade
3.4 A “ação comunicativo-pedagógica” como fluxo cultural da sociedade
3.5 Racionalidade Comunicativa e docência
3.6 A “validez” da Universidade/da Ciência se dá “ENTRE NÓS” e não apenas “para algo”
3.7 Racionalidade Comunicativa: (re)inserção social da Universidade Pública
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
SOBRE O AUTOR