A presente obra constitui-se num trabalho onde convocamos a prática discursiva do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra – MST – e colocamo-nos a entrelaça-la a fios teóricos na busca da compreensão do modo como Lugares Discursivos-LD já instituídos na Formação Social são ocupados por posições-sujeito. Aqui história, língua e sujeito trabalham para chegarmos a uma totalidade: o discurso. Nele as dicotomias apagam-se, uma vez que só podemos acessá-lo ao tomarmos a língua na sua injunção ao sujeito e à história. Essa injunção nos provoca a aprofundar nossa compreensão do modo como o social e o discursivo se entrelaçam. Assim, temos duas questões fundamentais que nos mobilizam neste trabalho. A primeira delas diz respeito à explicitação da noção de lugar discursivo e a outra está relacionada à ocupação do lugar por diferentes posições-sujeito, à manutenção do mesmo e à sustentação da forma-sujeito a partir de diferentes LD.
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
1 DO CAMPO DISCURSIVO
1.1 Movimento social: sentidos em trânsito
1.2 (Des)ordem social: âncora da resistência
1.3 Movimentos sociais e discurso: um flagrante
1.4 Sem terra em movimento
1.4.1 Política e político
1.4.2 Religioso e mística
1.4.3 A identidade Sem Terra
1.5 Estrutura do movimento
2 DOS PONTOS DE ENCONTRO NA CONVERGÊNCIA
DAS TEORIAS
2.1 Materialismo histórico: ideologia e totalidade
2.2 Linguística: sistema material
2.3 Psicanálise: atravessamento produtivo
2.4 Teoria do discurso: encontro anunciado
3 DA FORÇA DAS FORMAÇÕES
3.1 Formação social
3.1.1 Formação Social: realidade discursiva
3.2 Formações imaginárias
3.2.1 Formações Imaginárias: demarcações de lugares
3.2.2 Formações Imaginárias: perturbação na mensagem
3.3 Formação ideológica
3.3.1 Ideologia
3.3.2 Formações ideológicas e discurso
3.4 Formação discursiva
3.4.1 Formação discursiva e poder
3.4.2 Formação discursiva e sujeito
4 DAS POSIÇÕES-SUJEITO
4.1 Ordem do discurso
4.2 Constituição e posição-sujeito
4.3 Formulação e sujeito enunciador
4.4 Sujeito: signo e ideologia
4.5 Sujeito: questão em aberto
4.6 Forma-sujeito
5 DOS LUGARES DISCURSIVOS
5.1 Pressuposto aristotélico
5.2 Lugar no âmbito do discurso
5.2.1 Lugar em Foucault
5.3 Lugar em análise do discurso
6 DA MARCAÇÃO E OCUPAÇÃO DOS LUGARES DISCURSIVOS
6.1 Os primeiros marcos do lugar
6.2 Lugares discursivos no movimento
6.2.1 Resgate de uma memória
6.2.2 Marcos regulatórios do LDL no MST
6.3 Marcação do lugar discursivo pela antecipação
6.3.1 Lugar discursivo do líder
6.3.2 Lugar discursivo do assentado
6.4 Ocupação dos lugares discursivos pela organização
6.4.1 Lugar discursivo do líder
6.4.2 Lugar discursivo do assentado
7 DA DISPERSÃO NOS LUGARES
7.1 No lugar discursivo do líder
7.1.1 Situar, citar, criticar a (des)ordem social
7.1.2 Lembrar, esquecer, dar direção
7.1.3 Conclamar o povo, articular a organização
7.2 No lugar discursivo do assentado
7.2.1 Saber fazer, poder fazer
7.2.2 Plantar, colher, administrar a autonomia
7.2.3 Morar, (reme)morar e (come)morar na terra
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
D713d Dorneles, Elizabeth Fontoura
A dispersão do sujeito em lugares discursivos marcados / Elizabeth Fontoura Dorneles. – Cruz Alta : Ilustração, 2017.
236 p. ; 21cm
Apresenta bibliografia.
ISBN: 9788592890018
1. Análise do Discurso. 2. Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. 3. Lugar Discursivo. 3. Nova ordem social. I. Título.
CDU: 808.5:316.3